Por João Oliveira,
O último amistoso da Seleção Brasileira antes da Copa do Mundo serviu para mostrar mais uma vez a deficiência defensiva no lado esquerdo do time de Dunga. Apesar da goleada de 5x1 contra a Tanzânia, o lateral improvisado Michel Bastos sofreu com as investidas do ataque da Tanzânia. O volante Felipe Melo também pecou na marcação e na saída de bola. Sobrou para o zagueiro Juan, que ainda precisa de ritmo de jogo para a Copa. Por sorte, o ataque adversário não era lá dos melhores. Mas a preocupação fica para a estreia contra o rápido time da Coreia do Norte, e para um possível posicionamento do português Cristiano Ronaldo no setor onde a Seleção ainda carece de acertos.
Do meio para frente, destaque para a sensível melhora de Kaká, que já mostrou mais do que no jogo contra o Zimbábue. Robinho continua tendo que voltar muito para buscar jogo, mesmo assim mostrou oportunismo nos dois gols que marcou. Luis Fabiano, que almeja a média de um gol por partida na Copa, precisa mostrar mais futebol do que o apresentado nos dois últimos amistosos.
No segundo tempo, após as tradicionais trocas "seis por meia dúzia" de Dunga. Porém uma delas fez diferença. A vocação ofensiva e a disposição de Ramires premiaram o volante com dois gols e uma bela atuação. O jogador do Benfica mostrou que pode ser uma boa opção para o lugar de Felipe Melo, que não se encontrou em campo. O volante da Juventus levou para a concentração um cartão amarelo e um chapéu aplicado por um adversário.
Mesmo com a boa atuação de Ramires, Dunga avisou na entrevista coletiva pós-jogo, que não fará mudanças para o jogo de estreia contra a Coreia do Norte. Pelo visto ainda teremos que ver a Seleção jogando engessada, sem variação tática e sem criatividade. Um risco para quem caiu num grupo difícil, e que pode cair nesse mesmo grupo se a comissão técnica fechar os olhos para algumas deficiências mostradas nos últimos dois amistosos.
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Começaremos a Copa com este time titular que se apresentou hoje, o que considero motivo de grande preocupação. A seleção depende muito da evolução de Kaká, que pelo menos neste último amistoso demonstrou maior habilidade e movimentação. Resta saber se voltará a ser aquele Kaká de um ano atrás em menos de uma semana. Acho bem difícil. E o pior é que não temos outros jogadores capazes de mudar uma partida. Além disso Dunga não tem um plano B caso nossos adversários bloqueiem nosso sistema de jogo atual. Não existe uma alteração para mude o panorama de uma partida.
ResponderExcluirPelos adversários da primeira fase não podemos nos dar o luxo de encaixar o time durante a competição. Teríamos que ter feito isso na preparação. Aliás deveríamos corrigir erros primários que ocorreram neste jogo. Como pode um jogador de seleção brasileira errar passes tão infantis como erraram neste jogo? Já que a preparação não foi feita da melhor maneira, pelo menos ao meu ver, nos resta esperar e torcer para uma mudança radical de atitude dos jogadores.
Abraços.
Gabriel Matos.