sábado, 26 de junho de 2010

Análise da primeira fase - Parte 2

Por Rodrigo Pereira e João Oliveira,

Das surpresas positivas, o destaque é o Uruguai. A Celeste Olímpica jogou um futebol digno de um bicampeão mundial, principalmente depois da segunda rodada. Além de jogarem bem, os uruguaios caíram numa chave boa no mata-mata, e só pegam seleções tradicionais em uma provável semifinal. E os americanos parecem ter descoberto a graça do Soccer. Com um futebol técnico e eficiente, americanos conseguiram a simpatia dos torcedores pela raça para reverter resultados adversos e erros de arbitragem. Hoje chegam com uma seleção forte que promete dar trabalho nas próximas fases.

Os asiáticos também foram bem na primeira fase. Com Japão e Coreia do Sul se classificando e os agregados australianos ficando por pouco. Olhos abertos,
principalmente nos japoneses, que pegam outro emergente, o Paraguai. Nossos vizinhos ajudaram a eliminar a Itália, junto com a Eslováquia, que, com uma equipe fraca e aquele que prometia ser seu maior destaque,Marek Hamsin, se escondendo do jogo, passou mais pela falta de organização italiana do que sua própria
competência.

Completando os classificados, Gana entra como única representante
africana e podem sonhar em vida longa na competição. Mais pela sua chave
do que por sua qualidade. O restante dos africanos, decepcionaram. Por íncrivel que pareça, as duas equipes mais fracas, Argélia e os anfitriões sul-africanos, foram quem mais honraram o nome do continente. Argelinos fizeram um péssimo jogo contra eslovenos, complicaram a vida de ingleses e fizeram um grande jogo contra os inspirados americanos. E os Bafanas correram muito, se esforçaram muito, mas a falta de qualidade subjulgou o apoio ensurdecedor das vuvuzelas na arquibancada. Nígerianos cairam em um grupo fácil. Tudo para ficarem com a segunda vaga. Eis que, na segunda partida, contra a fraca Grécia, uma bordoada desnecessária,um cartão vermelho e pronto. Jogo perdido e águias voando pra casa. Camaroneses mostraram ser uma equipe de um jogador só. Eto'o, com seu pouco nacionalismo, deve estar se perguntando porque não naceu em outro lugar.Com três derrotas, os leões indomáveis do passado hoje não passam de gatos domesticados. Não oferecem perigo a ninguem. Por último, os Elefantes da Costa do Marfim prometiam nesta Copa. Jogadores em grandes equipes européias, o melhor jogador da África(Drogba), chegaram cercados de expectativas, sob o título de melhor equipe da Copa. Cairam em um péssimo grupo. Mas, a boa partida contra portugueses, encheu de esperança. O futebol africano jogando com inteligência tática. Mas subiu a cabeça. A postura contra o Brasil mudou. Justo contra o Brasil, quiseram vir pra cima, sem lembrarem que as melhores partidas da seleção de Dunga foram no contra-ataque. Resultado: Derrota, bordoadas e o sonho da vaga indo embora. Faltou aos africanos inteligência tática. Como disse PVC, africanos somente evoluíram de forma consistente quando produzirem seus próprios treinadores. Da forma atual, viverão dos brilhos esporádicos. A maior parte das seleções apostaram no físico, ao invés da qualidade. Não deu. Que sirva de exemplo.

Já Portugal despejou toda sua fúria na Córeia do Norte, e estacionou contra Costa do Marfim e Brasil, classificação sem brilho, apesar de ter aplicado a maior goleada da Copa. Para finalizar, o México. Sempre presente nas oitavas-de-final, onde
geralmente é eliminado. Tentarão mudar esse estigma, mudando o lema de jogarem como nunca e perderem como sempre. Com uma equipe jovem e um futebol ofensivo e alegre, mexicanos querem fazer história.

Agora é mata-mata. É raça, é coração. O menor vacilo poderá não ser perdoado. Daqui pra frente que a história dos heróis será escrita. Quem será o herói desta Copa?Façam suas apostas.

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