Por Rodrigo Pereira,
E o primeiro grupo da Copa do Mundo conhece seus classificados. Sul-africanos, correram, lutaram, tiveram esperança inclusive, ganharam, mas não foi suficiente para conseguirem a vaga. Entram para a história como o primeiro país anfitrião a ser eliminado na primeira fase de uma Copa do Mundo. Mas a vitória de hoje, ainda que sobre este esboço de seleção francesa, deu um pouco de alegria ao hospitaleiro povo sul-africano. Já a França, final previsível para uma história que bem poderia ser roteiro de um filme pastelão. O orgulho frances no futebol recebe mais uma ferida, daquelas profundas.
A equipe de Parreira entrou buscando a vitória. Mais para de honrar seu povo do que para a classificação. Mas houve momentos em que acreditaram. Com 2x0 na partida, gols de Khumalo e Mphela e o gol do uruguaio Suarez sobre o México, os sul-africanos passaram a acreditar que a classificação poderia vir diante de uma França que jogava desinteressada. Mas o que sobre de disposição, falta de qualidade. Muita correria, mas pouca calma para colocar a bola no chão. Diversas vezes viamos jogadores partindo pra jogada individual, com companheiros em condições melhor para a continuidade da jogada. Ainda assim, oportunidades de gols foram criadas. Mas as finalizações também foram o ponto fraco. O gol de Malouda acabou com o sonho. Mas permitiu aos bafanas uma saída mais honrosa. Que a Copa não seja só festa. Que sirva como estímulo aos jovens que assistem o evento e promova o futebol no país. Jogadores como Mphela e Tshabalala mostraram potencial não lapidado. E Steven Pienaar mostrou porque foi o jogador do ano no Everton. Técnico, inteligente, sobrava na equipe sul-africana. Se houvesse mais um jogador parecido com ele na equipe, o resultado poderia ser outro.
Quanto a França, algo que começa errado jamais poderá dar certo. Falaremos mais a frente sobre os fatores que levaram ao fracasso frances. Mas Domenech mostrou todo o atraso de um treinador de futebol. Teimoso, superticioso e com ego inflado. Já havia conseguido o feito de levar a França a uma final de Copa, em 2006. Devia ter saído ali. Preferiu continuar, se sentindo o dono do mundo pelo seu feito. E a França, que chegou pela mão de Henry na Copa, acaba voltando pra casa com um único gol e com Henry no banco. Mesmo sem Anelka, ele preferiu Cissé a colocar Henry. A historia francesa nessa copa termina melancolicamente. Quando os jogadores não estão com seu treinador, não adianta. A vitória não virá.
Parabens a mexicanos e uruguaios. E ao futebol sul-americano. Que os decadentes franceses se reorganizem. O levante que aconteceu nessa Copa não devia ter acontecido. Deixaram chegar ao extremo. Até o ídolo Zidane criticou. Que sirva de lição. Aos africanos, que a derrota de hoje signifique a vitória de amanhã. Não se pode pular etapas na evolução. Um passo de cada vez.
terça-feira, 22 de junho de 2010
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