Por João Oliveira,
A estreia da Copa teve dois tempos distintos. O México começou a partida massacrando a África do Sul, com 70% de posse de bola. Com o lateral-direito Aguillar e o meia Giovanni dos Santos, as principais jogadas saíam pela direita do ataque mexicano. Os Bafana Bafanas não conseguiam se acertar e sofriam com a pressão do México em sua saída de bola. Apesar da posse de bola e de uma boa troca de passes, os mexicanos sofreram mais uma vez da velha síndrome de "jogamos como nunca e predemos como sempre". O empate de 1x1 com os donos da casa não chegou a ser uma derrota, mas poderia ter sido evitado se os atacantes Franco e Vela tivessem aproveitado melhor suas chances no primeiro tempo.
Na segunda etapa o jogo virou e os sul-africanos, mais calmos e com a entrada de Masilela na lateral-esquerda, passaram a comandar as ações da partida. Com um bom toque de bola e a rápida troca de passes no contra-ataque. Assim saiu o primeiro gol do Mundial, com um bonito gol de Tshabalala, após uma ótima enfiada de bola, aos 10 minutos do segundo tempo. Os africanos ainda tiveram outras chances utilizando a mesma arma: o contra-golpe rápido. Mas não tiveram calma e capricho nas finalizações.
Assim como o México não aproveitou suas chances de matar o jogo, os africanos acabaram castigados com um gol de Rafa Márquez, após uma falha na linha de impedimento da zaga sul-africana. Três jogadores mexicanos ficaram livres na área, contra apenas um zagueiro adversário. Márquez teve tempo de dominar e scolher o canto para marcar o gol de empate. O placar até que ficou de bom tamanho, dada a falta de poder de decisão das equipes. Cada um jogou melhor em um tempo e a igualdade acabou sendo um resultado justo.
O livro Foi apenas um sonho, de Richard Yates é uma boa dica de leitura depois desse jogo. Afinal, os dois times tiveram a grande chance de vitória nas mãos, mas não conseguiram aproveitar.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
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