Por Rodrigo Pereira
Fechando a rodada de hoje da Copa do Mundo, tivemos o confronto entre as nações mais odiadas do mundo ocidental(sic), Inglaterra e Estados Unidos.
O título desta análise já resume o que foi o personagem do jogo, Robert Green. Na única vez em que foi realmente exigido, engoliu o primeiro frango desta Copa e fez a Terra da Rainha acabar por perder dois pontos.Isto resume o que decidiu o jogo, mas e a partida, como foi?
Pelo lado Inglês, vimos um time com a cara de Fabio Capello, consistente defensivamente. Mesmo com a ausência de Rio Ferdinand. E seus substitutos não foram bem. Ledley King mostrou-se mal fisicamente e Carragher, que entrou em seu lugar no segundo tempo, acabou chegando atrasado em alguns lances e se mostrando inseguro. Mas o esquema montado pelo Italiano conseguiu, por hoje, segurar os americanos mesmo sem um substituto à altura para Ferdinand. A equipe inglesa passou por momentos de pressão americana, mas este domínio poucas vezes foi refletido em chances de gol claras. Os destaques da partida foram, talvez, os destaques desta seleção inglesa, e que são poucos citados na mídia: seus laterais, Johnson e Ashley Cole. Na visão deste blogueiro, Glen Johnson hoje, nesta Copa, esta abaixo apenas de Maicon, de todos os laterais direitos titulares neste começo de torneio. O lateral une um posicionamento e combate defensivo eficientes com chegadas ao ataque que poucos laterais executam no futebol atual, que é ir a linha de fundo, onde é a melhor posição em campo para cruzamentos. Já Ashley Cole é velho conhecido dos amantes de futebol, e mesmo ainda estando mal fisicamente, mostra que é também um dos melhores do mundo na sua posição. E falando em jogadores com problemas físicos, vimos um Wayne Rooney brigador, mas que ainda muito aquém do que pode realizar. Jogando muito longe da área no primeiro tempo, foi uma figura praticamente nula. No segundo tempo, encostando mais em Emile Heskey e criando algumas boas chances de perigo. O destaque negativo pelos lados ingleses, além de Carragher, citado anteriormente, foi Frank Lampard. Irreconhecível e omisso, Lampard sobrecarregou o bom Gerrard, que fez uma boa partida, mas que sentiu falta de mais álguem para criar junto com ele. No esquema de Capello, Aaron Lennon joga como um ponta, à moda antiga e foi bem na função. O time inglês, apesar da falha de Green, poderia ter vencido o jogo, dado um volume de jogo superior ao do time americano. Mas pecou em finalizações, com todas as boas chances sendo chutadas sempre em cima do goleiro americano Howard.
Já pelos lados do Tio Sam, o grande destaque americano foi, sem dúvida, o excelente condicionamento físico dos americanos. O time como um todo é muito forte fisicamente, fazendo uma marcação forte e de pouco espaço em seus adversários. Os destaques foram os bons zagueiros Onyewu e Cherundolo,seguros na marcação e com boa noção para botes; os meias Dempsey(autor do peteleco que Green ajudou a transformar em gol) e Donovan, que mostra que existe algum talento, e não apenas disciplina tática no time do senhor escarradeira Bob Bradley e o atacante Altidore, forte fisicamente, fazendo bem o papel de pivô e de condução da bola no campo de ataque. Entretanto, os americanos, tão poderosos economicamente, no futebol parecem irmãos pobres dos ingleses. Seu jogo, em toda partida, se baseou no "chuveirinho". Especialidade inglesa, teria sido difícil para americanos arrumar alguma coisa usando deste artíficio. E por isso, acabamos vendo um time bem arrumado taticamente, que por diversos momentos teve o domínio da partida, mas que não conseguia transformar este domínio em chances de gol.
Resumidamente, ainda espero boas coisas deste time inglês na Copa do Mundo, pois possui um time muito compacto e entrosado. E mesmo sem um centro-avante confiável, pois Heskey e Crouch são muito limitados tecnicamente. Faltou hoje aos ingleses que os jogadores decisivos decidissem. Com apenas Gerrard inspirado, não foi suficiente para que os ingleses saíssem com a vitória, ainda que a falha do inseguro goleiro Green tenha tirado a vitória que parecia iminente. Goleiros talvez sejam o calcanhar de Aquiles desta seleção nesta Copa. Aliás, nesta e nas últimas Copas. A seleção do lendário Gordon Banks a tempos não tem um goleiro confiável. E, aos americanos, acredito que restará uma nova passagem de fase, pois é um time enjoado de se ganhar. Mas que acabará tendo que se contentar com as Oitavas-de-Final e, com sorte, Quartas. Vamos ver se esta opinião se confirma
domingo, 13 de junho de 2010
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Será que ele vai colocar a culpa na Jabulani???
ResponderExcluirHahahaha. Até a Jabulani deve ter ficado constrangida de ter virado um gol daquele jeito
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