Por Rodrigo Pereira,
Na briga pela segunda vaga do grupo D(já que a primeira será holandesa), Camarões e Dinamarca jogaram pela sua reabilitação na Copa e para manter o sonho da segunda vaga do grupo E. Melhor para os nórdicos dinamarqueses, que superaram a batalha dos erros defensivos em Pretória e venceram por 2x1.
Com postura diferente da derrota do Japão, os camaroneses partiram pro ataque desde cedo. As alterações do técnico frances Paul Le Guen se mostraram acertadas no começo da partida, principalmente por Eto'o estar jogando na posição em que ele já alegou que se sente melhor, como centroavante. O jogo começou corrido, com chances para ambos os lados e as defesas dando muito espaço. E, como era de se esperar, o primeiro gol da partida saiu numa falha. Um dos destaques dinamarqueses,Christian Poulsen foi dispersivo e, numa saída de bola, entregou-a nos pés do atacante Webo. O atacante rolou pra Eto'o, que pôs o time africano na frente. Porém, o que se viu dos camaroneses se resumiu ai. Tiveram maior posse de bola ao longo da partida, boas chances em diversas falhas de posicionamento da defesa dinamarquesa. Mas pecaram nas finalizações ao longo da partida. Faltava capricho aos camaroneses nas finalizações.
Na equipe dinamarquesa, a equipe teve a volta de Tomasson, que ficou de fora da primeira partida, podendo por em prática seu trio ofensivo com Tomasson,Bendtner e Rommedahl. E numa jogada de Bendtner e Rommedahl que saiu o empate nórdico. Rommedahl recebeu a bola livre e tocou para Bendtner somente empurrar para o fundo da rede. O gol da vitória saiu dos pés de Rommedahl, destaque da dinamarca na partida, ao receber livre, em mais uma falha camaronesa, dessa vez de Mbia, no contra-ataque, cortar o zagueiro e chutar no canto direito do goleiro camarones.
Porém, apesar de fortes ofensivamente, demonstraram muitas deficiências na defesa. Longe dos tempos áureos de Dinamáquina ou mesmo da Dinarmaca dos anos 90, dos irmãos Laudrup, a equipe não consegue ser homogênea em seus setores. Mesmo com jogadores conhecidos nos campeonatos europeus, como o goleiro veterano Sorensen, o zagueiro Daniel Agger(Liverpool-ING) e o volante Christian Poulsen(Juventus-ITA), a equipe é desentrosada e lenta defensivamente. Contra os esforçados japoneses, a qualidade técnica do trio ofensivo pode fazer a diferença, contra uma equipe japonesa menos perigosa ofensivamente do que a equipe de Camarões. Entretanto, as facilidades para criar também serão menores, visto que japoneses são muito aplicados táticamente, como já vimos nas partidas contra Camarões e Holanda. Aos camaroneses resta avaliar o seu fracasso. A verdade é que a equipe vive da fama atingida pelos Leões Indomáveis em 90. De lá pra cá, exceto por jogadores como Eto'o, a equipe vive a sombra do futebol alegre de 20 anos atrás. É a primeira seleção que garantiu a volta pra casa. Que sirva de aprendizado.
domingo, 20 de junho de 2010
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