quarta-feira, 16 de junho de 2010

Nem só de Jabulani se faz uma Copa

Por João Oliveira,
A cena mais marcante da Copa do Mundo, até agora, não aconteceu com a bola rolando. O choro de Tae-Se durante a execução do Hino da Coreia do Norte foi enigmática e emocionante. Todo mundo já está careca de saber que o "Rooney asiático" nasceu no Japão e tem origem coreana. O sonho de Tae-Se de disputar o Mundial era tão grande, que ele chegou a tentar nacionalidade na Coreia do Sul, não conseguiu, e acabou defendendo as cores do vizinho do Norte.
Assistindo ao jogo em um cinema, com um grande número de torcedores, me senti um pásaro longe do ninho quando começaram os risos e vaias enquanto Tae-Se chorava. Confesso que também não entendi muito as lágrimas do jogador. Chorava por representar a Coreia do Norte? Ou chorava por disputar uma Copa do Mundo?
Analisando depois, com mais informações, dá para ver que aquele choro foi de alguém emocionado de estar disputando um jogo de Copa do Mundo, e logo contra o Brasil. Além do orgulho de representar um povo. Os outros jogadores também mostraram emoção ao cantar o hino do país.
Toda essa carga emocional atraplhou o desempenho de Tae-Se dentro de campo. Deu para perceber que ele sabe de bola, mas demorou para passar pelo nervosismo e entrar no jogo. Mas isso não importa para esse post. Sempre achei que futebol era muito mais do que o jogo disputado nas quatro linhas, e sempre fui cornetado por isso.
Porém, são momentos como esse que minha sensação se confirma, e o futebol segue, muitas vezes, como um retrato da vida. O recém-lançado Recados da Bola conta com depoimentos de grandes nomes do futebol barsileiro. Eles falam sobre o eporte dentro e fora de campo. Com organização de Jorge Vasconcellos, vale conferir. Ainda mais depois do que vimos ontem.

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