Por João Oliveira,
Gana e Eua fizeram o que esperávamos deles. Um jogo movimentado, com alternativas, chances de gols, e sobretudo com duas seleções fortes. Nos dois sentidos, fisicamente e tecnicamente. Ganeses e americanos não são exemplos de futebol-arte, mas são dois times que buscaram o ataque, tornando a partida bastante agradável. Com direito a tudo que uma partida decisiva pede, o duelo só foi definido na prorrogação. 2X1 para Gana.
O equilíbrio ditou a partida. Diferente de outras seleções africanas que fizeram história, Gana tem uma equipe mais consistente na defesa. Uma linha e quatro, com dois zagueiros de ofício, e laterais que não sobem, dá liberdade para os quatro meias de criação e o atacante Gyan, destaque da partida.
Já os norte-americanos mostraram uma franca evolução em relação aos Mundiais anteriores. Com um meio-campo que marca e ataca com a mesma eficiência, faltou um ataque de qualidade para aproveitar algumas chances de gol. Além do mais a defesa falhou nos dois gols de Gana. Primeiro dando muita liberdade a Boateng, depois deixando Gyan dominar a bola entre os dois zagueiros de área, no lance do segundo gol.
Vale lembrar que Gana agora representa não só um país, mas um continente. As Estrelas Negras já igualaram a campanha de Camarões em 1990, que havia sido o único africano a passar das quartas-de-final em um Mundial.
Depois do confronto que eliminou uma das boas surpresas dessa Copa do Mundo, Gana enfrenta o Uruguai. Em mais um duelo entre duas seleções que escreveram boas histórias esse ano, uma delas vai estar entre as quatro melhores da Copa.
Numa brincadeira com a campanha norte-americana nessa Copa, que causou comoção nos Eua. O livro conta com um título que diz tudo: Badlands- O Fim do Sonho Americano, quadrinhos de Steven Grant.
domingo, 27 de junho de 2010
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