Por João Oliveira,
Confesso que sou um fanático por futebol. Um pouco exagerado certas vezes. Já faltei, adiei ou deixei de dar atenção a muitos compromissos. Ausente quando aconteciam no horário do jogo, ligeiramente atrasado quando faltam "só mais 10 minutinhos para acabar o jogo" ou procurando alguma tv ou radinho de pilha em algum canto para saber como está a partida.
Mas nunca me arrependo, por mais que o jogo importantíssimo se transforme em uma pelada. Imagina quando a partida se transforma em um verdadeiro jogaço? São nesses momentos que dá orgulho de fazer qualquer coisa para não perder uma partida de futebol.
Alemanha e Inglaterra fizeram um jogo histórico. Mais do que o massacre alemão por 4x1, a partida teve o troco de 1966. O gol de Hurst, depois de chutar uma bola que não entrou, ajudou a Inglaterra a vencer aquela final e dar a única Copa do Mundo aos ingleses.
Os alemães reclamavam do lance até hoje. Numa espécie de justiça histórica, o juiz Jorge Larrionda, não deu um gol inglês depois de um chute de Lampard. Diferente de 1966, a bola entrou, e muito. A jogada poderia ter acontecido a 44 anos, sem tantas câmeras ao redor do campo, e mesmo assim daria para perceber que a bola entrou.
Prejuízo da Inglaterra, que poderia ter empatado, apesar de não jogar bem. A essa altura, a Alemanha já havia mudado seu estilo de jogo. Já vencendo por 2x1, ao invés do abafa na saída de bola adversária, os alemães esperavam para jogar no contra-ataque.
No segundo tempo os ingleses melhoraram, conseguiram fechar o buraco no meio causado pela distância entre Gerrard e Lampard. Contando com dois dos melhores jogadores da posição, o técnico Fabio Capello perdeu o jogo nesse mesmo setor.
Numa mistura de estilos Dunga e Michael Schumacher, a seleção da Alemanha acertou na velocidade dos contra-ataques e na escalação dos ótimos Ozil e Muller, destaque do jogo. A juventude alemã venceu o pragmatismo dos ingleses, que foram privilegiados por assistirem de perto o show da juventude alemã.
Esse Alemanha e Inglaterra entra para o hall de melhores jogos de todas as Copas. E o melhor, dessa vez não precisei contar nenhuma estória para acompanhar as duas seleções fazerem História.
Em homenagem ao blogueiro, que mente descaradamente para não perder uma partida, um livro contando a história de um dos maiores mentirosos que eu já vi. Afinal, não é de História que estamos falando?
Vips: Histórias Reais de Um Mentiroso, de Mariana Caltabiano. Mas que fique claro, que não cheguei tão longe quanto o personagem do livro. Esse cara é profissional.
domingo, 27 de junho de 2010
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Um erro não compensa o outro. A história poderia ter sido outra, até pq os alemães não poderiam jogar no contra-ataque.
ResponderExcluirMas, erros a parte, a juventude alemã mostrou que pode decidir também. Como joga bola esse Müller. E ai, será que, com Ballack, a seleção renderia da mesma forma? As vezes, a presença de uma estrela ofusca o brilho dos astros menores.