Por João Oliveira,
E quem foi que disse que futebol não tem emoção? Nem a Copa do Mundo de 1994 mudou a opinião dos norte-americanos sobre o soccer. Também, pudera, a final foi decicida nos lances livres, quer dizer, nos pênaltis. Fora a decepção de ser eliminado para um país de terceiro mundo logo no aniversário de sua independência.
Muitas coisas mudaram nesses 16 anos que se passaram. O blogueiro, que preferia acordar cedo para ouvir o Tema da Vitória, chegou a madrugar em uma Copa para acompanhar os jogos do esporte que o conquistou naquela Copa do Tetra. O Baixinho malandro que deixava os zagueiros na saudade, hoje é um senhor, ainda malandro, e deixou com saudades o garoto que aprendeu a amar o futebol por sua causa, por seus gols.
O futebol também mudou, os garotos de hoje em dia preferem jogadores altos, fortes e midiáticos, que cansaram de ser deixados para trás por aquele Baixinho que desfilava seus poderes especiais pelos campos americanos. Exagero? Ou vocês acham que um sujeito com menos de 1,70m subiria mais do que os gigantes suecos sem ajuda de poderes especiais? Foi preciso crescer e vê-lo ao vivo, para ter certeza de que aqueles lances de 1994 não foram programados pelos estúdios Disney.
É difícil para quem cresceu com a 'companhia' do Baixinho, acompanhar certos jogos de Copa do Mundo. Mas EUA e Argélia merecem a assinatura do craque de 1994. Dois times jogando para frente, buscando a vitória. Um jogo cheio de alternativas, forte candidato a melhor partida desse Mundial.
Porém americanos e argelinos sofreram com a síndrome dessa Copa do Mundo. A síndrome de poucos gols. Um jogo que poderia terminar em 5x5, 7x6, por pouco não terminou em zero-a-zero, o que seria uma verdadeira injustiça.
O empate sem gols persistiu até os acréscimos da partida, e caiu com direito a muita emoção. Um gol de Donovan quando o jogo já tinha passado dos 90 minutos, foi quase como uma cesta de Michael Jordan no último segundo. O futebol norte-americano, presente em todos os Mundiais desde 1990 e quase semifinalista em 2002, evoluiu e chegou bater um dos jogos das finais da NBA. Sim, a partida de estreia dos EUA, contra a Inglaterra, deu mais audiência do que quatro dos cinco jogos finais da NBA, entre Lakers e Celtics.
Mais do que audiência, a vitória deu aos americanos a merecida vaga na segunda fase da Copa, e mais um motivo para acompanharem o soccer, um esporte emocionante.
E para completar a a homenagem, a biografia do Baixinho tão falado no texto acima. Romário, de Marcus Vinícius Rezende de Moraes, o popular Mr. Bean da Rádio Tupi. Repleto de entrevistas com pessoas ligadas ao Baixinho. Imperdível!
quarta-feira, 23 de junho de 2010
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Estados Unidos e Argélia como o melhor jogo de uma copa é o fim do mundo...
ResponderExcluirO baixinho realmente faz falta...
Quando os Estados Unidos resolverem entrar de vez na briga o negócio vai ficar feio! Os caras são bons em tudo!