Por Rodrigo Pereira,
Repetindo o confronto de 2006, argentinos e mexicanos almejavam uma vaga nas quartas-de-final, para enfrentar a sensação alemã. A Argentina, cercada de expectativas, encarava seu primeiro teste contra um time ofensivo, enquanto os mexicanos buscavam superar a barreira das oitavas-de-final, onde pararam nas últimas 4 Copas. Resultado: um polêmico 3x1 para os hermanos, que agora enfrentarão os alemães nas quartas, equipe que os eliminou na última Copa do Mundo.
O resultado da partida não reflete o que foi a partida. Mexicanos começaram o jogo assustando os argentinos, com jogadas em velocidade. Salcido assustou ao acertar o travessão de Pérez. Guardado também arriscou de fora da área, rente a trave. Os argentinos davam espaços atrás, esperando lampejos de criatividade de Messi. Até que. aos 26, saiu o gol argentino. Em jogada individual de Messi, o camisa 10 vem em diagonal, para a entrada da área mexicana. Os zagueiros saem em cima de Messi, que cruza para Tévez, de cabeça, marcar o gol. Em impedimento. E o erro é agravado quando o bandeira vê, no telão do estádio, que Carlitos estava impedido. Ele comunicou ao árbitro italiano o erro e Rosseti decidiu manter o erro. A discussão do uso dos recursos eletrônicos agora ganha mais fôlego. Na opinião deste blogueiro, beira o absurdo um juiz ter consciência de seu erro, no momento do ocorrido de um lance, e não poder voltar atrás da sua decisão. Ao contrário do gol não marcado de Lampard, onde provavelmente o juiz deve ter sido comunicado de seu erro no intervalo, no jogo da Argentina, o erro foi comunicado na hora do lance. Preferiu manter sua decisão.Após o gol, os mexicanos sentiram o baque e, desnorteados, ampliaram. O experiente zagueiro Osório deu um passe curto na entrada da área, que acabou sobrando para Higuain driblar o goleiro Pérez e ampliar o marcador. Comprova, assim como no jogo dos alemães, que um erro do juiz pode ter graves consequências no psicológico de uma equipe.
O intervalo serviu para Javier Aguirre remontar sua equipe. Tirou Bautista para colocar o jovem Barrera. A equipe tomou o terceiro,novamente de Carlos Tévez. Um golaço de fora da área. Depois disto, argentinos recuaram demais, dando espaço aos mexicanos. Javier Hernandez fez um golaço, girando em cima de Demichelis(mais uma vez mal). Os mexicanos continuaram assustando. Maradona mexeu mal. Com uma proposta de contra-ataque, ele retirou Carlos Tevez para a entrada de Verón. Poderia também lançar Aguero para o lugar de Higuain, para dar mais velocidade. Não o fez, tornando a equipe argentina lenta para as saídas. Messi sumiu no segundo tempo, totalmente pregado. Mesmo assim,Maradona insistiu no atleta. A equipe de Maradona ganhou hoje, mas sem convencer. Para ganhar dos alemães, precisarão de mais. Já mexicanos mais uma vez jogaram como nunca...mas perderam como sempre. Mas o futuro pode sim ser promissor. Com jogadores jovens como Giovanni dos Santos, Javier Hernandez, Carlos Vela, Andres Guardado, dentre outros, podem chegar mais fortes na próxima Copa, com estes atletas mais experientes, jogando em grandes ligas, como Vela no Arsenal e Hernandez recém-contratado pelo Manchester United. Na África do Sul, a trajetória dos garotos mexicanos chegou ao fim. Jogaram como nunca. E o juiz pode ter ajudado a perderem como sempre.
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A Argentina precisa jogar mais se quiser passar pela Alemanha. Maradona precisa acertar essa defesa, não pode dar o mesmo espaço que deu no segundo tempo contra o México. E, principalmente, não pode dar o contra-ataque para os alemães. Eu colocaria um meio-campo mais povoado, com mais toque de bola. Evitaria que o ataque alemão pegasse a fraca defssa portenha desprotegida. Mas como eu não sou Dios, deixo que ELE trabalhe, pois deve saber o que faz.
ResponderExcluirSobre o gol mal marcado, a culpa foi do bandeirinha. Não deu um impedimento claro e depois tentou consertar a lambança com a imagem do telão do estádio. Sobrou para o juiz, enrolado que só ele, talvez pela pressão por não poder fazer 'justiça'. Mas se a regra não permite interferência de recursos eletrônicos, o telão não vale de nada. Como diz o ditado, "o combinado não sai caro", resta agora a FIFA deixar que o futebol também entre no século XXI.
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