sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A hora certa de dizer adeus



Por Rodrigo Pereira,


A notícia em foco no final da noite de ontem sem dúvida foi o reaparecimento de Ronaldo em campo, pelo Corinthians. Ele, que estava cotado para participar da partida deste sábado contra o Avaí, exibiu formas que podem ser de qualquer atividade profissional, menos de um atleta. O próprio Ronaldo admitiu que o seu corpo pede para parar, tão maculado pelas incessantes lesões ao longo de sua carreira. Ronaldo já tem seu nome escrito na história. Já provou sua superação por mais de uma vez. É o maior artilheiro de Copas do Mundo. E isto faz com que, neste momento, nós do blog reflitamos: Qual a hora certa de parar?Vimos grandes nomes jogarem até sua última gota, sendo caricaturas daquilo que representaram em campo. Jogadores como Romário, Petkovic, tiveram carreiras longas, entretanto atingiram feitos mesmo com idade avançada. O sérvio foi peça chave do hexa rubronegro. E o baixinho artilheiro de um Campeonato Brasileiro aos 38 anos. Outros procuram o eldorado dos países árabes, ou a agora badalada Liga Americana. Alguns se mantem rodando por times pequenos, como Viola e Tulio, mas com atividades paralelas e, sinceramente, deixando de tratar o futebol como profissão e sim como um hobby. Ronaldo nem é tão velho assim. Com 33 anos ainda existem grandes jogadores em atuação. Mas atua com um corpo de 50. Um corpo que pede descanso. Escolheu atuar no Corinthians, clube de massa. Expor sua imagem. Jogar ao lado de jogadores jovens, velozes. Justo ele, um atleta de explosão. Seu nome está escrito na história Ronaldo, mesmo eu, rubronegro, tendo aquele leve rancor por você ter renegado nosso manto sagrado, que tanto exaltou. Mas a sua história, o seu legado, merece respeito. Escolha um ponto final de carreira ainda digno para essa história, que será contada para muitas gerações.

Um comentário:

  1. Certa vez, Ronaldo reclamou do tratamento dado pelos fãs brasileiros a seus ídoslos. Disse que deveríamos ter como exemplo a idolatria dispensada pelos norte-americanos aos seus herois. Como um autêntico brasileiro, Ronaldo é o primeiro a não respeitar seu passado. Logo sugiro que a imprensa passe a tratá-lo, definitivamente, como um ex-jogador. Vida que segue.

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