
Por João Oliveira,
Quando saiu do Santos, depois de forçar uma barra danada em 2004, Robinho chegou ao Real Madrid dizendo que queria ser o melhor do mundo com a camisa do clube merengue. Três anos depois o ex-Menino da Vila decidiu deixar a Espanha, sem cumprir o desejo que tinha assim que desembarcou em solo europeu. Em outra negociação conturbada, o atacante brasileiro bateu o pé feito criança para deixar o clube espanhol. Mesmo com a experiência de jogar em dois times grandes, até então, e ter participado da Copa de 2006, Robinho foi mimado e quis ir para o Chelsea. Até que os petrodólares do emergente Manchester City acabaram convencendo o jogador a deixar o clube londrino e o madrileno a verem navios.
Robinho chegou ao clube inglês com o peso de ser a maior contratação da história da equipe. Foi bem nos primeiros jogos, mas não conseguiu emplacar no seu segundo ano pelo City. Correndo riscos de ficar de fora da Seleção Brasileira que disputou a última Copa, o menino voltou à Vila Belmiro, não sem antes espernear até ser liberado para voltar ao Brasil.
O empréstimo de seis meses rendeu dois títulos e um time inesquecível para os santistas. Além de garantir sua vaga na Seleção de Dunga, Robinho fez parte de mais uma geração dos chamados Meninos da Vila. Porém dessa vez o atacante já não era mais a revelação, nem o xodó do time. Perdeu o posto para a dupla Neymar/Ganso, foi um coadjuvante importante, mas não o protagonista.
Agora Robinho chega ao Milan por cerca de 15 milhões de euros, valor bem distante aos 40 milhões de euros investidos pelo Manchester City para tirá-lo do Real Madrid. A promessa dessa vez é de ganhar o scudetto com o time italiano. Só basta saber se são votos de um jogador já experiente, que pretende cumprir seu contrato, ou de um garoto mimado que vai abrir o berreiro na primeira adversidade.