Por Rodrigo Pereira,
E conhecemos o ultimo semifinalista na tarde deste sábado. Depois de uma batalha intensa, espanhóis superam paraguaios pela diferença mínima de 1x0 e agora partem para enfrentar a sensação alemã na esperança da inédita final de Copa do Mundo. Esperança que tem nome: David Villa.
Aquela que parecia ser a partida mais fácil de cravar um vencedor acabou por ser uma partida dificílima para os espanhóis. Paraguaios vieram para o jogo muito compactos na defesa e conseguindo algo que, até então, nenhuma outra seleção havia conseguido: travar o meio-campo espanhol. Com Haedo Valdez e Oscar Cardoso dando o primeiro combate, Riveros e Barreto caindo pelas costas e acabando por segurar Sergio Ramos e Capdevilla, os espanhóis tinham dificuldade para criar jogadas. Com isso, houveram poucas chances claras de gol, mas os paraguaios rondaram mais a área espanhola. Era claro que espanhóis precisavam mudar se queriam decidir a partida.
Veio o segundo tempo e, com ele, Del Bosque tirou o ainda inoperante Fernando Torres pra por Cesc Fábregas. A mudança, povoando mais o meio-campo espanhol, acabou equilibrando a partida. Depois de um primeiro tempo de estudos, o segundo tempo acabou ficando mais aberto. Era hora de decidir a partida. E, logo aos 13 minutos, bola cruzada na área espanhola, Pique, que vem fazendo grande Copa do Mundo, agarra Cardoso. Penalti. Espanhóis aflitos. Será que mais uma vez a Fúria amarelaria na hora da decisão? Não foi o que aconteceu. Casillas defendeu a cobrança do atacante do Benfica. E, pra apimentar mais a partida, no lance seguinte, Alcaraz, que vinha sendo um dos grandes destaques do Paraguai, cometeu penalti em David Villa. Um penalti um tanto quanto cavado, vale ressaltar. Coube a Xabi Alonso a responsabilidade de converter o penalti. E, ele o fez em um primeiro momento. Mas o juiz da Guatemala acusou invasão da área por parte dos espanhóis e Carlos Brates invalidou a cobrança. Na visão deste blogueiro, equivocadamente. A invasão no lance foi questão de interpretação. Xabi Alonso foi repetir a cobrança e, desta vez, Justo Villar defendeu. Mas a bola voltou para Cesc Fábregas que, ao limpar o goleiro paraguaio do lance, acabou derrubado acintosamente. A bola ainda voltou pra David Villa, mas foi travado pela zaga paraguaia. Penalti muito mais claro que no lance marcado anteriormente. Mas o arbitro deve ter gasto toda sua dose de coragem ao marcar dois penaltis em sequencia, mandando voltar a cobrança. E, a partir dai, a partida ficou aberta. Espanhóis queriam a vitória e paraguaios passaram a acreditar na vitória também. Paraguaios tiraram um volante, Victor Cáceres, para colocar o atacante Lucas Barrios. Del Bosque tira Xabi Alonso, também volante, para a entrada de Pedro Rodriguez, revelação e com fama de talismã, do Barcelona, que joga como meia ofensivo. E coube ao talismã participar do gol espanhol. Aos 38 do segundo tempo, Andres Iniesta(outro que vem fazendo grande Copa), veio limpando na entrada da área paraguaia e tocou para Pedro, livre na grande área. A revelação espanhola chutou e bola bateu caprichosamente na trave. No rebote, bola nos pés de David Villa. O atacante finaliza no canto oposto ao do goleiro. A bola bate novamente numa trave, depois na outra até, finalmente, se render e transformar-se em gol. Gol sofrido, chorado. A montanha de jogadores espanhóis foi o grito de Fúria desta nação, acostumada a amarelar nos momentos decisivos. Mas desta vez não.
Os espanhóis seguem em busca do seu sonho. Enfrentarão agora a sensação alemã. Mas cientes de que será difícil, mas não impossível, para uma seleção que tem Xavi, Iniesta, Sergio Ramos e o artilheiro isolado da Copa e, na visão deste blogueiro, o melhor jogador desta Copa, David Villa. Grande atuação em todas as cinco partidas que disputou. Entretanto, ao contrário dos alemães, que possuem um time mais compacto, espanhóis tem pontos cegos, como a insegurança do outrora grande goleiro Iker Casillas, a decadência que se transformou em lentidão de Carles Puyol e a má fase de Fernando Torres. Principalmente no caso de Torres. Contra uma defesa como a alemã, Villa, Xavi e companhia precisarão, como nunca, que o atacante espanhol desencante. Para os paraguaios, o sonho acabou. Mas, assim como os ganeses, esta foi a melhor atuação de uma equipe que até então vinha se mostrando forte defensivamente, mais burocrática. Mas a melhor atuação não trouxe a vaga. Coisas de Copa do Mundo. A decepção ficou simbolizada pelo choro do bom Oscar Cardoso, que perdeu o penalti, desconsolado após a partida, precisando ser consolado até pelos adversários espanhóis, numa bela cena desta Copa. Vida que segue. Copa que segue. Para seus capítulos finais onde, pelo perfil dos semi-finalistas, sem dúvida, não faltará emoção.
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Pelo quadro que se desenhava, acho que o Paraguai devia ter esperado mais. Pelo menos até a prorrogação. O Cáceres fez falta dentro da área no lance do gol espanhol.
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