
Por João Oliveira,
A Associação de Futebol Argentino (AFA) divulgou ontem o que já era esperado nos jornais locais: Maradona não é mais técnico da seleção argentina. Quinto colocado na Copa do Mundo de 2010, El Pibe foi muito bem até levar uma goleada de 4 a 0 da Alemanha nas quartas-de-final do Mundial.
Mesmo com uma trajetória de altos e baixos como técnico de futebol, Maradona conseguiu chamar a atenção numa Copa que não contou com atuações excepcionais dos jogadores, dentro de campo. Mesmo com Messi, Kaká e Cristiano Ronaldo, apesar da bela Copa de Forlán, o ex-craque argentino foi a grande figura da competição.
O terno, a barba, os relógios, o terço, os beijos em seus pupilos, as caretas e a intimidade com a Jabulani, cada vez que ela se aproximava como se procurasse seu grande amor. Tudo isso faz de Diego o grande personagem da Copa da África do Sul. Nada mais justo a um dos maiores personagens da História do futebol. Maradona se reinventou mais uma vez, desceu do pedestal de Deus e deu a cara à tapa. Do alto de sua perfeição divina, cometeu diversos erros, foi contraditório e não conseguiu arrumar a defesa de um time que contava com um ataque acima da média.
A fênix maradoniana, que renasceu mais uma vez, não fugiu da batalha nem na saída. Saiu por querer manter sua comissão técnica, enquanto a AFA preferiu não continuar com esses profissionais. Além das imagens impagáveis à beira do campo, Maradona também deixou uma lista de convocados para o amistoso da Argentina contra a Irlanda, no próximo dia 11, em Dublin. Os nomes mais cotados para a sucessão de Diego, são Alejandro Sabella, do Estudiantes, e Miguel Russo, do Racing, apesar da preferência popular pelo multicampeão do Boca Juniors, Carlos Bianchi.
Abaixo, segue a lista deixada por Maradona, apenas com jogadores que atuam na Europa. Com 7 jogadores que não disputaram o Mundial e sem nenhuma grande surpresa.
Goleiros: Sergio Romero (AZ Alkmaar) e Mariano Andújar (Catania)
Defensores: Martín Demichelis (Bayern de Munique), Emiliano Insúa (Fiorentina), Walter Samuel (Internazionale), Nicolás Burdisso (Roma), Pablo Zabaleta (Manchester City) e Gabriel Heinze (Olympique de Marselha)
Meias: Maximiliano Rodríguez (Liverpool), Javier Mascherano (Liverpool), Ángel Di María (Real Madrid), Jonás Gutiérrez (Newcastle), Jesús Dátolo (Espanyol), Ever Banega (Valencia), Mario Bolatti (Fiorentina), Fernando Gago (Real Madrid), Javier Pastore (Palermo) e Fabricio Coloccini (Newcastle)
Atacantes: Gonzalo Higuaín (Real Madrid), Carlos Tevez (Manchester City), Lionel Messi (Barcelona), Diego Milito (Internazionale), Sergio Agüero (Atlético de Madri), Ezequiel Lavezzi (Napoli)
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