
Por João Oliveira,
O Brasil não vai levar o hexa em 2010, mas conseguiu bater um recorde na História dos Mundiais. O futebol brasileiro foi eliminado duas vezes na Copa da África do Sul. Enquanto o representante oficial do futebol tupiniquim caiu diante da Holanda nas quartas-de-final, seus discípulos alemães caíram para a Espanha, nas semifinais da competição.
O time sensação da Copa sentiu falta do meia Muller, a maior surpresa do Mundial. Além da ausência do jovem jogador, a equipe alemã sofreu com a inoperância de seus principais jogadores em campo, perdidos diante do eficiente esquema de jogo espanhol. Não é exagero dizer que o estilo de jogo da Espanha se assemelha à velha premissa de Carlos Alberto Parreira, que defende a posse de bola como a melhor maneira de se defender.
A tão esperada Fúria ainda não pintou em gramados sul-africanos, muito embora não é muito dizer que a Espanha fez um baita jogo contra a Alemanha. Mas no sentido tático da coisa. O toque de bola espanhol flerta com a beleza e com a chatice. É bacana ver um time tocando bola. Mas é chato quando os toques não são verticais. Num time com muitos arcos, muitas vezes falta uma flecha.
Com a má fase de Fernando Torres, a tarefa de ser a referência do time caiu nos pés de Villa, que apesar dos gols, ainda desperdiça muitas chances de gols. Assim como a Holanda, a Espanha chega à final com pouco brilho e muita eficiência. Porém a classificação das duas 'virgens' para a decisão foi mais do que merecida.
Sem nenhuma vergonha de errar, apostava na Alemanha pelo futebol assustador apresentado pelo time germânico nas oitavas e quartas-de-final. Mas os alemães que entraram no ritmo de Michael Schumacher nas outras partidas, tiveram uma atuação de Rubens Barrichello contra a Espanha. Além da ousadia, que tanto nos impressionou, faltou maturidade na hora da decisão e faltou banco de reservas. Há de destacar porém, o poder de recuperação do povo alemão. Desacreditados e finalistas em 2002, limitados e semifinalistas em 2006, e totalmente renovados e semifinalistas em 2010.
Faltando dois jogos para o fim da Copa do Mundo, só nos resta curtirmos essas duas últimas pelejas, que têm tudo para se transformarem em grandes partidas.
Em homenagem à bela campanha alemã, um livro que sintetiza o estilo de jogo dos germânicos. Apesar de deixarem a desejar contra a Espanha, a velocidade da equipe alemã lembrou os bons tempos de um alemão heptacampeão de Fórmula 1. A Máquina, de Alicia Klein.
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