domingo, 11 de julho de 2010

Talento fala mais alto e Espanha vence a fúria holandesa


Por João Oliveira,
Espanha e Holanda entraram em campo hoje virgens em títulos de Copa do Mundo. Os espanhóis sequer haviam chegado a uma final de Mundial. Já os holandeses amargaram um bi-vice campeonato em 1974/1978.
Num mix de medo de perder e solidariedade ao adversário, as duas seleções perderam as melhores oportunidades de gols da partida. Pelo menos no tempo regulamentar, o que se viu foi uma Holanda bastante recuada e uma Espanha nervosa na hora de decidir as jogadas.
Mais do que postura defensiva, os holandeses abusaram da violência, incentivados pela complacência do árbitro. Mesmo assim os Laranjas fizeram um primeiro tempo equilibrado. A partida seguia em ritmo lento e as duas seleções pareciam querer menos a taça do que o sujeito que invadiu o campo pouco antes do início do jogo e tentou levar o troféu.
No segundo tempo a Espanha melhorou, a Holanda abdicou do direito de atacar. Robben perdeu as duas únicas chances, claríssimas, de gol dos holandeses. Apesar do domínio, a Fúria acabava tropeçando em seu próprio nervosismo.
O gol do título espanhol só veio no final da prorrogação. Quando o duelo se aproximava para mais uma decisão por pênaltis, Iniesta recebeu na frente do goleiro, e com uma frieza alemã marcou o gol mais importante da história da Fúria.
Festa para os espanhóis, numa final recheada de recordes. Além de ser a primeira seleção campeã a perder o jogo de estréia, a Espanha disputou a final de Copa do Mundo mais violenta, com 13 cartões amarelos distribuídos.
A Fúria pode comemorar agora a sua entrada no hall dos campeões mundiais, e curtir uma das maiores hegemonias da história do futebol. Campeã da Euro e campeã da Copa, ou simplesmente, a melhor seleção do mundo.
A dica de livro dessa vez é algo bastante interativo. Na Enciclopédia das Copas do Mundo, de Luiz Fernando Baggio, o título da Espanha ainda não existe. Para quem acompanhou o De Férias Na Copa, é só atualizar com as postagens do blog.

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