sexta-feira, 14 de maio de 2010

História das Copas (4)

1950- Brasil
A Copa de 1950 foi a pimeira após a Segunda Guerra Mundial. O Brasil disputou com a Argentina o direito de sediar a competição, e acabou vencendo o país vizinho na preferência dos membros da FIFA. Mais uma vez o Mundial sofreu com desistências, Argentina, Áustria, França, Escócia e os países do bloco soviético não disputaram a Copa. Essas ausências criaram mais um Mundial capenga, com apenas 13 seleções, sendo cinco delas da América do Sul.


O Brasil:
O clima era de exagerado otimismo no país. Sem a Argentina e com a Itália enfraquecida, o Brasil se mostrava cada vez mais favorito a conquistar o torneio, sob o comando do técnico Flávio Costa. O meia Zizinho, do Bangu, era a maior esperança brasileira.

Convocados:
Goleiros: Barbosa (Vasco) e Castilho (Fluminense);
Laterais: Bigode (Flamengo), Nena (Internacional), Nilton Santos (Botafogo) e Noronha (São Paulo);
Zagueiros: Augusto (Vasco), Juvenal (Flamengo), Bauer (São Paulo) e Danilo (Vasco);
Meio-campistas: Friaça (São Paulo), Alfredo (Vasco), Zizinho (Bangu), Maneca (Vasco), Eli (Vasco) e Rui (São Paulo);
Atacantes: Baltazar (Corinthians), Adãozinho (Internacional), Jair da Rosa Pinto (Palmeiras), Ademir de Menezes (Vasco), Chico (Vasco) e Rodrigues (Palmeiras);
Técnico: Flávio Costa.



Curiosidades:
- Grande ídolo do Botafogo, o atacante Heleno de Freitas não foi convocado para a Copa de 1950.
- Foi a única Copa sem ter final, o título foi disputado em um quadrangular envolvendo as quatro melhores seleções da competição.
- A Copa do Mundo do Brasil proporcionou a maior zebra da história da competição. Os até então intocáveis ingleses estreavam em Copas e acabaram perdendo de 1x0 para os EUA no estádio Independência, em Belo Horizonte. A bola dessa partida é guardada como uma verdadeira relíquia na sede da Federação Norte-Americana de Futebol.
- Os indianos se recusaram a disputar a Copa depois de serem proibidos pela FIFA de jogarem descalços.
- O Mundial de 1950 foi o único sem nenhuma expulsão. A marca é até agora inédita, e pela quantidade maior de jogos não deve mais ser superada.
-Pela primeira vez na história das Copas, os jogadores usaram números em suas camisas, numeradas de 1a 11, de acordo com a posição de cada jogador em campo.
- Com mais de quinhentos mil sacos de cimento, foi constrído o maior estádio do mundo. Com capcidade para 155 mil pessoas, o Maracanã recebeu mais de 200 mil na final do Mundial.
- Apesar da perda do título, o Brasil teve novamente o artilheiro da Copa. O atacante do Vasco, Ademir de Menezes, fez nove gols no Mundial. Em 1938 o artilheiro foi o também brasileiro Leônidas da Silva. Até hoje nenhum outro jogador brasileiro fez mais gols que Ademir em Copas.
- A Itália chegou ao Mundial com um time bastante enfraquecido. Os bicampeões tinham como base da equipe o time do Torino, pentacampeão italiano. Em 1949 um acidente aéreo em Turim matou todos os ocupantes da aeronave, inclusive os jogadores do Torino.

Artilheiro:
Ademir de Menezes (BRA)- 9 gols

A Final:
Maracanã lotado, Brasil jogando pelo empate. O favoritismo brasileiro se transformou em festa antes da hora, ninguém acreditava que o Uruguai seria capaz de estragar a festa da torcida. Aos 34 do segundo tempo, num chute de Ghiggia, o Maracanã se calou, e o goleiro Barbosa acabou como o grande culpado pela derrota por 2x1 que deu o bicampeonato aos uruguaios.

Brasil
Barbosa; Augusto e Juvenal; Bauer, Danilo e Bigode; Friaça, Zizinho, Ademir, Jair e Chico.
Técnico: Flávio Costa

Uruguai
Máspoli; Matias González e Tejera; Gambetta, Obdulio Varela e Rodriguez Andrade; Ghiggia, Perez, Miguez, Schiaffino e Morán.
Técnico: Juan Lopez

Gols: Friaça (BRA), aos 2min, Schiaffino (URU), aos 20min, e Ghiggia (URU), aos 34min do segundo tempo

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