sexta-feira, 29 de abril de 2011
Luz no fim do jogo
Por João Oliveira,
O Fluminense toma cada vez mais para si a expressão “time de guerreiros”. Ora pelo tamanho dos desafios, ora pelas dificuldades que o próprio Tricolor cria durante as partidas. Ontem, contra o Libertad, pelas oitavas-de-final da Libertadores, os torcedores voltaram a sofrer com o seu time. No ritmo do Engenhão, que sofreu com outro apagão, resultando em quase uma hora de atraso para o início da partida, o clube das Laranjeiras até começou bem o jogo, com um gol de Rafael Moura logo aos três minutos. Mas acabou cedendo o empate para os paraguaios, numa falha do goleiro Ricardo Berna.
O gol enfureceu a torcida, que já andava irritada com o clima morno imposto pelo time logo após abrir o placar. Assim como no último Fla-Flu, o Tricolor não conseguiu manter o ritmo e entregou o domínio da partida ao adversário. Diante de um rival ansioso, que não conseguia trocar passes no meio-campo, o Libertad aproveitou-se dessa fragilidade e investiu em cruzamentos na área Tricolor. De tanto insistir, foi assim que o time paraguaio criou mais uma missão impossível para o Time de Guerreiros.
Acostumados com esse tipo de tarefa, os jogadores do Fluminense resolveram acordar e decidiram o jogo em dois minutos. O golaço de fora da área de Marquinho e uma bela cobrança de falta de Conca deram uma boa vantagem para a segunda partida, semana que vem. Por pouco o Libertad não descontou o placar de 3x1, bem no final do jogo, mas Ricardo Berna se redimiu e garantiu o resultado.
Com a boa vitória de ontem, o Fluminense tem tudo para ter uma partida tranqüila no Paraguai, com chance muito grande de classificação. Mas caso aconteça algo fora do previsto, os Guerreiros Tricolores estão de prontidão para desmoralizar o impossível.
Tévez mais distante da Seleção
Por João Oliveira,
Se no ano passado os brasileiros viveram a expectativa da convocação de Neymar e/ou Ganso para a Copa do Mundo, esse ano, na Argentina, o nome de Carlos Tévez tira o sono do técnico Sérgio Batista. Sem nenhum motivo específico, Carlitos não vem sendo convocado pelo treinador Hermano.
A ausência do atacante do Manchester City é questionada por torcedores e pela imprensa argentina, que voltou a tocar no assunto na última quinta-feira. Em entrevista a Radio Del Plata, o comandante Albiceleste falou pela primeira vez de maneira mais direta sobre o tema. Perguntado se levaria Tévez para a Copa América, o Checo disse que não descarta ninguém para a competição, mas deixou escapar que Carlitos não está entre suas prioridades.
- Nós temos uma maneira de jogar. Hoje o nosso nove é o Messi, Carlos não está dentro das minhas prioridades – afirmou o técnico, que ainda citou Heinze, Demichelis e D´Alessandro como exemplos de outros atletas importantes que estão fora da seleção argentina.
Sérgio Batista está aproveitando o período anterior à Copa América para fazer um tour pela Europa e conversar com alguns jogadores selecionáveis. No roteiro das visitas estão jogadores como Biglia, do Anderlecht, da Bélgica, Kun Agüero do Atletico de Madrid, além de Pablo Zabaleta, companheiro de Tévez no Manchester City. Batista deixou claro que, nesta viagem, não haverá diálogo com Carlitos, que no momento se recupera de uma contusão e é esperado para a disputa da final da Copa da Inglaterra, no próximo dia 14, contra o Stoke City, em Wembley.
Juntando todas as declarações do treinador, já se pode imaginar que o futuro de Tévez na seleção argentina está bastante ameaçado, ainda mais se as especulações sobre sua saída do Manchester City se confirmarem. O nome do atacante portenho já foi ventilado em clubes como Milan, Barcelona e até Manchester United, sua ex-equipe. Ao menos que consiga se adaptar rapidamente ao seu possível novo time, Carlitos pode ter dificuldades em voltar à seleção caso não tenha uma sequência de jogos.
Numa equipe de resultados irregulares, capaz de golear a Espanha e perder para o Japão, vencer o Brasil e empatar com os Estados Unidos, é difícil de entender a opção de Batista de sequer convocar Tévez. Aos argentinos, resta torcer pela recuperação de Higuaín e a afirmação se Agüero. Só assim para os hermanos não sentirem saudades de Carlitos.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Muralha Neuer evita vexame alemão
Por João Oliveira,
Quem acompanhou os dois jogos cheios de gols das quartas-de-final da Uefa Champions League entre Internazionale de Milão e Schalke 04 esperava mais um caminhão de gols do time alemão, dessa vez contra o Manchester United, pelas semifinais da competição. Se os protagonistas da fase anterior foram os atacantes Edu e Raúl, o destaque do primeiro duelo entre alemães e ingleses foi o goleiro Neuer, do time da casa.
O titular da seleção alemã pegou até pensamento, principalmente no primeiro tempo. Rooney, Giggs e Chicharito Hernández esbarraram por diversas vezes no goleiro, que se tornou o verdadeiro muro de Gelsenkirchen. O show do goleiro durou até os meados da segunda etapa, quando todos já imaginavam que o jogo entraria na história como mais um dos casos em que apesar do massacre de um time, o 0x0 persiste até o fim.
O responsável por furar o bloqueio alemão foi outro mito que estava em campo: Ryan Giggs. Se do outro lado havia o maior artilheiro da história da Champions, no United tinha o galês que se igualou ao espanhol em outro recorde. Os dois são os únicos jogadores a marcarem em 15 edições diferentes da Uefa Champions League.
Logo depois do gol de Giggs, foi a vez de Rooney marcar o seu e fechar o placar. O atacante teve uma ótima atuação, marcando uma vez e dando a assistência para o tento do meia galês. No fim das contas, o placar ficou de bom tamanho para o Schalke, que poderia ter saído de campo com uma goleada histórica nas costas. Mas o alívio vai durar pouco, afinal o responsável por evitar o vexame alemão já avisou que não pretende renovar seu contrato, que acaba no final da atual temporada. Caminho livre para uma possível transferência para o próprio Manchester United, que procura um substituto para o arqueiro holandês Van Der Sar, que vai se aposentar ainda este ano.
Vacilo mortal
Por João Oliveira,
Os gremistas que quiserem ver seu time na próxima fase da Libertadores vão ter que ir um pouco além do que diz o hino do clube. Se na canção de Lupicínio Rodrigues a torcida vai “até a pé” onde o Grêmio estiver, dessa vez promessas de ir até de joelhos onde o Grêmio estiver serão bem-vindas.
A situação do Imortal ficou muito difícil depois da derrota por 2x1 para a Universidad Católica, em pleno Estádio Olímpico. O time de Renato Gaúcho terá que fazer algo ainda inédito para os tricolores esse ano: jogar bem. A equipe campeã do primeiro turno do Gauchão e finalista do segundo vai ter de buscar algo mais, um futebol que ainda não conseguiu apresentar em 2011.
O Grêmio caiu na armadilha dos contra-ataques chilenos e agora encara uma semana bastante complicada. No próximo domingo decide o segundo turno do Campeonato Gaúcho contra o rival Internacional e na quarta-feira terá que tirar uma indigesta desvantagem na Libertadores. Aliás, uma possível eliminação para o time chileno acabaria com a possibilidade de três Gre-Nais seguidos. Um pelo Gauchão e dois pelas quartas-de-final da Libertadores. O Grêmio fica ameaçado entre priorizar a competição continental e correr o risco de perder uma decisão para o maior rival.
Voltando ao jogo de ontem, os gaúchos sofreram com as rápidas trocas de passes do adversário e da pontaria calibrada do centroavante argentino Pratto. Além do mais perdeu Borges, um de seus principais jogadores, após uma expulsão estúpida, com pouco mais de meia hora de partida. O atacante gremista deu uma cotovelada no zagueiro Henríquez, do Universidad Católica, e foi expulso após um dos bandeirinhas informar ao árbitro sobre a agressão. O lance levou à loucura o técnico Renato Gaúcho, que não cumprimentou e encarou seu jogador com um olhar desafiador quando o mesmo deixava o gramado. A cena lembrou a final da Copa do Brasil de 2006, quando Renato, então técnico do Vasco, chegou a empurrar o atacante vascaíno Valdir Papel, expulso nos primeiros minutos de jogo.
Mesmo com um a menos, o Grêmio conseguiu empatar a partida com um golaço de Douglas, já no segundo tempo. Mas voltou a sofrer com Pratto, e quase levou o terceiro gol já no final do jogo. Os gaúchos terão agora uma árdua tarefa de vencer o adversário fora de casa, sem descuidar do Gre-Nal de domingo. Mas para isso terão que ressuscitar o bom futebol do final do ano passado.
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